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Campanha - Doação de Orgãos

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Depoimento de um transplantado


"Hoje, depois de 16 anos de transplante, cada dia que passa eu considero uma vitória. O que eu gostaria de dizer pras pessoas é que essa nova vida só me foi possibilitada pela família do doador, um metalúrgico de Canoas, que naquele momento extremo de dor, de agonia, de sofrimento, teve a coragem de fazer a doação, e eu sou eternamente grato a essa família, embora não a conheça.
Pra mim foi muito difícil porque eu tive que mudar os meus hábitos, passei a ter muitas limitações, principalmente, profissionais, já que eu trabalhava com esportes. Em 1988, eu tive a primeira parada cardíaca, a partir daí, a doença evoluiu e tive que ir pra Porto Alegre, mas ainda não estava na fila de espera pelo coração porque os médicos queriam tentar alguns poucos procedimentos que talvez pudessem salvar a minha vida Porém, a doença continuou evoluindo até que eu tive a segunda parada cardíaca e fui obrigado a entrar na fila e esperar por um coração. Isso aconteceu em maio de 1989 e, como eu era um paciente de risco, em quinze dias recebi o órgão. Hoje estou com 52 e dois anos e voltei a desenvolver minhas atividades normalmente."

João Carlos Cechela - 52 anos - recebeu um coração há 16 anos.

Doação de Amor (depoimento de um familiar de um doador)

A perda de um filho é um processo antinatural no percurso da vida de uma mãe. Mas, apesar do grande sofrimento, percebo o tão grande amor que meu filho plantou e os sentimentos de carinho e amizade sentidos por todos nós familiares nesses dias. Davi, em seus 18 anos, foi um menino doador por natureza, como sentimos nos gestos de profundo carinho dos amigos, familiares e pessoas queridas as quais ele próprio conquistou e adotou.
Porém, preciso testemunhar que a doação de órgãos foi uma decisão profundamente acalentadora e necessária para um momento tão sofrido e trágico como esse. Passa a ser uma continuidade de um sentimento de amizade, fraternidade e amor.
O que conforta ou ameniza a dor não é saber que o meu filho continua vivo em cada receptor, mas sim o sentimento sublime de que, por meio da doação de seus órgãos, possa aliviar o sofrimento de pessoas condenadas a morte ou a limitações de vida, sofrimento de dor que se assemelha ao meu nesse momento, meu filho continua inteiro dentro de mim e de todos que o amaram.
Minha família é de paz! É dela que vem a força e o equilíbrio necessários para darmos continuidade a vida e permanecer viva a memória do meu filho.

Valéria Hora Barros Maceió/Al
Fonte: Gazeta de Alagoas, Espaço do Leitor, 03-07-2005

QUEM PODE SER DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS?

Cerca de 1% de todas as pessoas que morrem são doadores em potencial. Entretanto, a doação pressupõe certas circunstâncias especiais que permitam a preservação do corpo para o adequado aproveitamento dos órgãos para doação.

É possível também a doação entre vivos no caso de órgãos duplos. É possível a doação entre parentes de órgãos como o Rim, por exemplo. No caso do Fígado, também é possível o transplante intervivos. Neste caso apenas uma parte do Fígado do doador é transplantado para o receptor. Este tipo de transplante é possível por causa da particular qualidade do Fígado de se regenerar, voltando ao tamanho normal em dois ou três meses. No caso da doação inter-vivos, é necessária uma autorização especial e diferente do caso de doador cadáver.

Não existe limite de idade para a doação de córneas. Para os demais órgãos, a idade e história médica são considerados e avaliados durante o processo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010